não vá - ou vá.
quer saber?
eu amo você.
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tenho que aceitar,
caberá ao nosso amor o eterno ou o 'não dá';
pode ser cruel a eternidade.
eu ando em frente por sentir vontade.
eu quis te convencer, mas chega de insistir!
caberá ao nosso amor por o que há de vir;
pode ser a eternidade má.
caminho em frente pra [NÃO] sentir saudades.
tantos nós e vós - e eles juntos!
(Malu Magalhães e -salve! - Marcelo Camelo)
... mais versos dessa 'paz sem culpa', são pra você.
Tem que sangrar. Tem que doer. Se não rolar esse quê de amor machucado, não valeu, né poetinha? É que um sorriso em uma foto em branco e preto não é tão poético quanto um olhar de desolação parisiense. Além do mais, que graça tem contar aos filhos que você a amou, ela correspondeu, namoraram, noivaram, casaram, tudo seguindo uma ordem lógica, e aí estão: juntos e felizes, hein? Felicidade não é tema pra blog, não rende comentários, não choca! Tudo isso porque você aí do outro lado não quer saber do sucesso de quem vos fala. Nada, cê quer é se identificar com meus problemas, quer é não se saber só nesse seu luto. Então eu vos brindo com a minha dor, com o sem número de pedaços em que meu coração se partiu, com a certeza de que amar não tem bastado e que as histórias mais bonitas dos amores mais bonitos terminam, por nada, numa quinta-feira cinzenta. Nessas horas, eu agradeço por ter mãos, um teclado, esse diário virtual ... e um dom. Agradeço por te ter do outro lado da tela. Despeje, no local reservado aos comentários, toda sua desventura conjugal, eu quero saber que você veste preto junto comigo, assim parece quase normal fracassar. Porque é bom caber na dor dos outros. Me sinto amparada.