Já não falo em saudade, nem ao menos sei sobre o que verso. Queria eu hoje falar dos sonhos e dos planos, do caminho, dos portais. Porém são os meus olhos abertos quem redige esse texto. Não é da vista que reclamamos - eu e meus olhos. É a língua que, cansada de se fazer entender, entrou em greve; já não explica o que não entende: o mundo, o mar, o grão de areia. As mãos que hoje estão enlaçadas às minhas são, sim, dignas do posto que ocupam. Mas, quando as minhas mãos estão suadas, quando as pernas - tremendo - não sustentam meu corpo, são outros os colos, outras as vozes capazes de sossegar meu coração. Nada do que me obrigam (entre todas as coisas que me disponho a fazer) dói ou é mais difícil do que me explicar. Ontem uma flauta soou triste, a roda - nunca tão viva, nunca tão áspera - só cantou pra mim. Ninguém ali viu a única lágrima que derramei. Ninguém ali saberia o quanto de mim é roda, é viola ... é roseira.
é o que sobra quando não há redomas
por favor, borboletas, não demorem tanto assim.
por favor, borboletas, não demorem tanto assim.
3 comentários:
Quando elas chegarem, as borboletas, encina também o caminho pra minha vida.. Preciso urgentemente!
Anh!
Mudei o endereço do blog..
Tava com saudades daqui :)
Que suas mãos te levem para um bom caminho. [Não seriam os pés?]
Eu planto bananeira, não faz mal :)
Postar um comentário