sexta-feira, 17 de outubro de 2008

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eu queria falar, falar, falar,
escrever rios.
ser inteira palavras.

mas não há nada a dizer.


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Castanho

e simples, como devem ser todos os amores. Tranquilo, se cria ao passo que se expõe. Como se nunca tivesse sido antes e ainda agora não tivesse pressa em sê-lo. Se abre lento. Não como quem escolhe e alisa pétalas, se demora porque sabe que não há um fim ao qual temer. Ele é só inícios. Ainda se abre; tipo sanguíneo, fonte de aguardente, sorriso de alma clara brilhando nos dentes. Como são claros os traços seus que eu rabisco na areia. À sua beira, nessa espera, te recebo presente, sem sustos e ainda surpresa. Bonito. Me faz andar em passos lentos, constantes, firmes. Até eu esqueço os fins, enfim. Porque, sendo castanho e simples, devia ser amor.
Seja.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

de: raisa le fey. para: amanda lee jones

Amanda,
Sei que já é por demais comprida a lista de funções que você desempenha - com louvor - no deusamenina, visto que é de tua responsabilidade grande parte dos temas, do desenvolvimento destes, assim como é você a minha leitora oficial e melhor critica nossa de todos os dias. Espero que tudo isso seja tão prazeroso pra você quanto é para mim. Porque, nesse momento de Crise Pré-UFBA, peço que aceite mais dois cargos: editora e chefe de publicação, o mais leve dos trabalhos de Hércules quando comparado aos supra-citados. Sem mais delongas, segue o mais recente dos meus textos. Desde já, obrigada.
Meu celular foi claro e objetivo: ele precisa de espaço pra memória; cansou do texto batido que eu relia todas as noites - pra acreditar, pra esquecer, pra pegar no sono. Comando por comando, eu apaguei as juras de amor ao som de LH, e era como se um vento de Artártida viesse soprar em mim, e minhas mãos permanecem quentes.
Meu celular respirava aliviado, pra mim era indiferente. Há tempo não abro a caixa de mensagem, não procuro suas palavras, não canto aquele refrão. É assim quando a gente cansa. Porém, qual não é o meu espanto ao ver que ainda marco presença entre seus assuntos, ainda sou o nome que você dá para pedras e flores, 'Ra i sa' ainda é teu palavrão predileto.Ainda. Só peço, por favor, que não dê um jeito de me responder (à altura). Não me interessa essa guerrilha. Ainda quero ganhar, mas você - como troféu ou como concorrente - não me interessa mais.
P.S.: Como o cargo mooooor que você exerce na minha vida é o de minha amiga perfeita, que entende todas as abobrinhas que eu digo, me responde: É A MEMÓRIA DO CELULAR DELE QUE É GRANDE, OU O MUNDO DELE QUE - DE TÃO PEQUENO - CABE EM QUALQUER BURACO?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

não consigo pensar num título bacana.

Dedos duros tateiam o teclado, pressionam letras sem uní-las em poesia, em rima, em nada. Destreinada. Cansada. Vazia. Primeiro era um mundo que se abria no girar de uma maçaneta, o desejo de boas tardes. Hoje é só uma porta, uma sala e pessoas. E toda a supercialidade que as semanas nos trazem. Todas as coisas que hoje há é tudo quanto não preciso. Porque colegas são só sorrisos por cortesia, e eu queria alma brilhando no dente. Eu sinto falta de ser do todo, e ser parte. E quando caminho por baixo das árvores, é como se fosse o céu. Porque eu ouço vozes. De marzipan. Aí eu sou eu. E eu é feliz pra caramba. Eu morre atropelada, se arranha, dá esmola a velhinhos. Mas é feliz e voa.



Dan e Man: minhas 'ligações' pro MEU mundo. Merci *-*

domingo, 12 de outubro de 2008

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ser todo ser
e reviver
a cada clamor de amor e sexo

perto de ser um deus
e certo de ser mortal

de ser animal
e ser
homem.

(8)



~

Lilith

Minha foto
25 anos de sol em leão. queria voltar ao tempo em que era cool escrever letra de música no perfil / cozinha, escreve, pratica boxe e é jornalista nas horas vagas / acha que "transtornada" é um nome muito bacana para quem tem TDAH, eu tenho.