quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Maio já está no final [8]'

Pra escrever boas linhas em janeiro, tive que reler tudo quanto escrevi nas páginas de junho. Só então entendi que as coisas de maio em maio ficarão. Não que não haja vontade de reviver, não que eu não tenha tentado. Nada disso. É só a velha vontade em vão e a tentativa frustrada. Péssimo isso, não? Não. Assim, quando aconteceu foi péssimo. Hoje tudo me é bem mais claro; eu não tenho, não preciso, hoje não é mais tão especial. Assim, quando aconteceu foi especial. Hoje se faz presente em muito do que é importantel pra mim, mais que isso, se enfia em tudo que me é essencial. Na fotografia, a minha própria definição de ‘essencial’ e ‘coisas de maio’. E o que eu defino como ‘melhor’ ainda acha que melhor do que as ‘coisas de maio’ não há, diz isso até em outras línguas. Está também entre os amigos, entre os livros que eu leio, nas letras das canções que eu ouço, no gol do meu time do coração e, porra, o cara do meu lado no carro tem aquele jeito de falar que eu achei que só ele tinha. Mas quando eu to completamente alone, quando o mediaplayer toca uma das canções que não me foi dedicada, quando os amigos mudam de assunto, depois que o fio da minha meada já passou pela tesoura, na-da me leva a maio. Maio por si só não tem nada de especial [repito, já foi bastante importante, não o é mais], já não sei sentir saudades, já não me sinto vazia, os dias de dezembro me completam e, por mais que eu mesma ache estranho dizer isso, não sinto necessidade de amar cada dia do quinto mês como se tivessem sido os últimos ou os mais felizes. É uma pena, mas... Maria Rita fala por mim.


segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Lágrimas Demais

No seu mundo também bate o sol

Ouve só um segredo:

Quantas vezes você foi feliz sem

quebrar o brinquedo?

Vale à pena sonhar

Um dia azul, nós vamos voar

Conversas podem alterar seu enredo


Mais um dia se passou assim

Sem ter fim, nem começo.

Aproveite pra se reinventar...

Navegar contra o vento!

Vale a pena lembrar

do velho tesouro no fundo do mar

Saltar sem medo

Mergulhar... no pensamento.




Olhar e ver

Ouvir, dizer as palavras perdidas

Sem 'talvez' .

Deixar você saber que eu só te quero bem.

Chegou a hora de sorrir e seguir em paz

Já foram lágrimas demais.



Belo dia pra se reencontrar

Reviver o passado [?!]

Sonhos loucos podem acordar

com você ao meu lado.

Deixa a vida levar aonde

a sorte vai te alcançar.

Não dá mais tempo pra pensar



Vai lá, jogar os dados.


[Lágrimas Demais; Ritchie]

domingo, 23 de dezembro de 2007

Queda-Livre

Não há como parar, nem onde segurar, só nos resta ir. Mas é boa a sensaçãode estar caindo. É tentar relaxar e se deixar levar sem se debater. Assim eu vou descer em queda livre. É bom manter a atenção ao olhar a paisagem. As vezes ver o céu, as vezes ver o mar, passa um avião. Só há um modo de aprender e é caindo. Vou ter o que contar, aonde quer que eu vá, todos vão saber que eu só sei viver em queda livre. Eu posso gritar, ninguém vai me ouvir. Não vou incomodar. Nem quero saber onde eu vou cair pois pra mim tanto faz e vou seguindo ~ . Sempre a primeira vezé mais difícil. Tentar sentir-se em paz, pensar em nada mais. Vendo-se cair. Mas, ao invés de temer, eu paro e penso: Outro jeito não há, já que eu tenho que estar solto a descer, o jeito é curtir aqueda liivre. Só te peço um favor, se você se lembrar e não se incomodar, meu querido irmão, cante essa canção ... se o meu fim for o chão.





ps.: Em relação ao último post, não sei se esse constaria na bibliografia ou no vol. II.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Saltimbanco dos Mares

Uma pirueta, duas piruetas. Bravo! Bravo!





[...] Rompe as lonas, beija as nuvens [...] Declaro aberta a minha semana oficial dos Saltos Altos Mortais. Porque só quando alcanço o infinito, só quando não caibo mais em mim, que posso segurar o mundo nas mãos. [...] Sobe ao céu, fura a calota [...] e pula. Em queda livre em estou além de regras, além da gravidade, além de tudo. Posso então estar em mim. Mergulhar fundo, entrar bem dentro [já disse, estou além de regras] e me entender. Sou um oceano inteiro. Misteriosa, complexa e sublime. Mas sou clara, sou mar aberto em dia de sol. É mais fácil assim. Complexo mesmo é compreender poças de lama. Não entendo do raso, do medíocre, do morno. O mar que eu sou ferve até onde o sol pode entrar e, depois, congela. Não há oxigênio. Só eu vivo em mim. Volto à tona. [...] Salta além, sai da estratosfera e, cai onde cair [8]'Sou mar, porém gosto mesmo é de voar... e cair.





Ah, Victor e Chico : Inspiração, o O2 que falta em mim.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Não leve a mal

Don't get me worng if I'm looking kind off dazzled. I see neon lights whenever you walk by. Don't get me wrong if you say 'hello' and I take a ride. Upon a sea where the mystic moon is playing havoc with the tide. Don't get me wrong. Don'get me wrong if I'm acting so distracted, I'm thinking about fireworks tah go off when you smille. Don't get me wrong if I'm split like light refrated. I'm onlly off to wander across a moolit mile. Acontece assim com o meu coração, bate só por uma pessoa, sem muita razão. De repente chuva. De repeten trovão. O que eu sinto por você virou uma tempestade e vai na sua direção. Don't get me wrong if I come and go like fashion. I might be great tomorrow but hopeless yesterday. Não leve a mal se eu ficar muito apaixonada. Podia ser incrivel. Podia ser nós dois. Podia ser verdade. Don't get me wrong.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Tributo ao Amor que Virá

Voltarei a me apaixonar, um dia. Quando encontrar um certo alguém que cruze o meu caminho e me mude a direção, sabe? Aquele que vai lembrar de mim quando ouvir canções doces e que vai me ligar no meio da noite pra cantar uma delas. Que faça de 'your song', my song. Que me veja no brilho amarelo de cada estrala. Que me chame 'sugar' quando eu perder a paciência. Que saiba que sua vida sem ar ou água seria mais fácil do que sem mim. Que exagere meesmo e se jogue aos meus pés. Que qualquer coisa no modo como me movo o atraia e que, depois de um sorriso meu, ele não precise de mais nada - e me faça saber disso. Que me faça sentir princesa de Babel, Babilônia e Xanadú. Que, quando eu usar todas as armas que sei usar quando eu quero, se renda, se entregue e que eu o faça feliz sempre. Que não me faça pensar demais. Que um dia me peça em casamento com aqueele finalzinho de Rosa ou qualquer trecho do pedido que Antunes compões pra nós dois. Que a gente viva junto e se dê bem. Que o mundo fiquei completo, deserto e completo de novo só por nós dois. Enfim, que seja infinito enquanto dure ~ .



P.S.: Ao amor que já foi,
obrigada por ter sabido ser pedaços de tudo que eu quis.
Acabou, posto que foi chama, e o amor que ainda virá,
ra ser perfeito, terá pedaços desses pedaços teus.

Aqui Jaz Um Texto

Pretendo calar de vez tudo que ainda dói. Enterro neste texto cada vírgula que eu não quiser ver presente nos livros que hão de vir. Pra começo de fim, vamos cavar. Um pá de terra. Outra. Outra. E mais outra. Nossa. Quantas pás. Pronto. Sete palmos. Forro o chão duro de ilusões. Uma ilusão. Duas. Três. Quatro. Cinco. Seis. Sete. Oito. Nove. Desilusões. Enterro meu molejo de amor machucado e os olhos de perdão. Dane-se o que diz a canção do Vinicius. Se duvidar, enterro tua canção, poetinha. Enterro as amizades não-amigas. Enterro os inimigos camuflados. Junto deles toda má intenção, inveja, dissimulação. Enterro tudo que faltou com a verdade. Enterro aqueles que não souberam me olhar de frente. Ajoelharam, sempre mais baixos... quase rasteiros. Os que me olharam da sacada também, subir em algo não é crescer. Enterro aquela festa. E a outra também. Terríveis. Enterro o que eu não senti em ambas. Enterro a felicidade usurpada. Enterro a infelicidade adquirida. Enterro, não o amor, mas todo 'eu te amo' dito por ti. Enterro, não a traição, mas o último beijo, Judas. Enterro minha bonequinha de vodoo. As agulhas eu guardo. Enterro esse ódio que eu sinto. Não faz bem. Enterro tudo de podre. Agora coloca a terra de volta. Opa! Antes, como nos filmes, cospe. Escarra. Agora algumas sementes. Rego com cada lágrima derramada. Pronto. E pra cada dor, uma rosa e três espinhos.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Home Sweet Home

As setes horas da noite de um dia errado, eu só quero estar em casa. Planejei por meses o dia que eu ia, enfim, dar o fora daqui. E o tão esperado dezembro chega trazendo a dor da dúvida e a certeza de que eu não sei ser feliz fora de minhas muralhas, da minha fortaleza cor-de-rosa. Já sinto falta do meu quarto, do meu desarrumado. Do muito da minha mãe que ficou em cada canto do quarto dela. Do quarto de Ju bem ao lado do meu, de Antunes nas alturas. - Raiisa, desce pra almoçar - Eu sei, vó, tudo era carinho... até os gritos. Da janela lateral que eu nunca lembrei de fechar. Das ceteiras da sala de estar, as tardes por lá com minhas primas. Mas a gente sempre preferiu a cozinha, é o nosso QG. Pra desespero de Cau. Ah, só pra constar: eu sei também que o prato de feijão era carinho, tudo era ^^ . Do canil de Léo, prendê-lo me doía o coração. Ver Tico preso também dói, mas ele é feliz em sua filial da Perini, verdadeiro Éden. Eu gosto de quando todas as portas estão abertas e as luzes acesas. Mas o portão não abria quando eu mais precisava. Ah. Saudade da varanda e o vento que só sopra por lá. E, mesmo que eu ame o ton de verde da casa de Lu, ainda que Gabriel torne qualquer lugar ' o melhor ', nenhum outro endereço é minha home-sweet-home.




Será como sempre: eterno, presente. A
certeza que, mesmo distante, em nós
resistiu. Seja luar ou amanhecer, saudade
vem e vai. Amor é o que me levará a vocês'

[Tanto Querer, Geraldo Azevedo]

Lilith

Minha foto
25 anos de sol em leão. queria voltar ao tempo em que era cool escrever letra de música no perfil / cozinha, escreve, pratica boxe e é jornalista nas horas vagas / acha que "transtornada" é um nome muito bacana para quem tem TDAH, eu tenho.