de nuvens negras - porque as coisas todas não têm obrigação de ser como em sonhos. O dia que nasce não tem de ser lindo, mesmo que ainda o seja quando a noitinha desce. Agora, enquanto a lua nova se despede em brilho e luz, eu só peço que haja um deus; uma mão suprema, uma câmera, eu peço uma panarômica celestial. Quando meu corpo for só casco, vaso vazio, eu quero sentar numa nuvem branca e segurar este céu nas mãos, eu quero poder pintá-lo nessas cores outra vez, quero lembrá-las. Talvez eu o salpique de estrelas e risos quando já não me completarem o canto e as asas de um passarinho. Quando eu já não me sentir plena num vôo, só então eu quero mergulhar. Quando o sol nascer eu quero estar envolta em mar e só então eu saberei que cor eles têm. Pés no chão firme, sei apenas a cor deste novo dia.
bom dia.