Estão de volta o sol e aquelas canções. A pele retoma o seu tom, ouro. E a boca torna a experimentar ora o sal, ora o doce. A vida inteira, como se encenando dois atos em interminável justaposição, vagueia entre a leve brisa e rajadas de um vento sul. Tudo agora é quente, ignoramos a existência de corações que formam um belo par com uma boa dose de uísque. Digo mais: tudo agora é coração. Palpites, disritmias, acelerações, sopros, tudo ainda pulsa, e o corpo – involuntariamente – se entrega à sorte; às vontades, aos sabores, aos prazeres, às delícias. Todas as coisas ganham cores, vibram, latejam, sorriem e as palavras se encaixam num sabe-se lá o que das danças caribenhas. Porque estão de volta o sol e aquelas canções.
e que tudo mais vá pro inferno.
[~]
4 comentários:
viva à Bahia iá iá;
à Deusa Menina, na na na na (8)
p.s.: troco uma maçã por duas gotas de criatividade.
por que, no final das contas, seria tudo um ciclo (vicioso?) e acaba voltando, sempre (?), pro mesmo ponto?
te amo, vida. e amo o que/ como você escreve!
viva a vida
belíssimo texto
Beijos de verão
Que o sol continue brilhando sempre.
E que tudo o mais vá pra o inferno.
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