Se liga só no slogan:
CORAGEM, CORAÇÃO ~
Cavei, nos tempos em que isto aqui estreava, covas rasas. Enterrei o que a mim parecia medíocre e tacanha. Chorei. Cuspi. Escarrei. Pra cada porção desse adubo orgânico, fiz brotar uma rosa e três espinhos. De joelhos, roguei a Deus. Queria vê-los, os atos os autos e os autores, todos a queimar, arder, ferver em carne viva lá dentro do Inferno de dentro - lá de onde brota o enxofre e as chamas. Eu podia vê-los agonizar numa quase morte que nunca se consumaria. Queria ver se, enquanto inflamavam, eles saberiam lançar seus olhares de açoite. Queria vê-los julgar enquanto são julgados, condenados, punidos. Queria ver quantas voltas o ponteiro do relógio - o fino, o dos segundos - daria até que aquelas mentes se cansassem de cumprir o papel de crânio. É o mesmo fogo que queima que há de vir purificar os vivos e os mortos. Esperei, senhor, que morrendo na fogueira estes seres aprendessem a ser carvão. Ó, senhor, errei e me arrependo. Hoje, vejo que o fiz gastar tanta lenha com o inelevavél*. Quem nasceu pra ser ralé, há de passar a eternidade rastejando.
oferece a outra face, mas não esquece o que fazem
³ * da lingua do Éden, aquele que não se eleva