Escombros de vida, a poeira à cima do chão, cacos e mais cacos. Incrível como nos vi ali no entulho de sua casa demolida. Fomos lar de toda sorte. Nossas paredes coloridas, a cama de casal, os bancos da varanda, os corredores, a saleta da TV e o meu sorriso. No nosso quintal brotava uma orquídea rara e logo crianças e cachorros correriam pela grama. Uma verdade falsa como casas pré-fabricadas em papelão. A culpa vã, o vento leste, a chuva de verão, um rabo de saia e lá se vai parede, cama, quarto, sala, filhos, sorriso. Lá se vai a minha aposta! Uma oca, um iglu, um colchão de água, uma cabaninha de acampar, uma casa de madeira sobre as árvores - tudo é mais sólido que nosso lar de concreto. Eu quis rir do teu lar desfeito como gargalho de não mais lembrar você.
tem sempre o dia em que a casa cai
pois vai curtir teu deserto, vai.
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pois vai curtir teu deserto, vai.
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3 comentários:
Tem mais é que gargalhar mesmo, tanto do lar desfeito quanto do fato de não lembrar mais ele.
Acho muito digna a música de fim, pois que vá curtir o deserto que ele mesmo quis.^^
Te amo, irmã!
tantas você fez que ela cansou ... puq você, rapaz, abusou da regra três?
exatamente.
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