Passado o vazio, tudo agora sobra.A vida toda em pleonasmo. Cada frase reafirmando a anterior, e eu sinto que posso limar todas de todos os livros, dos textos, dos outdoors. Tudo é exagero. Tudo sufoca. Canções são tantas, tocam tanto e tão juntas que seus versos não sei distinguir. Tudo é inútil. Tudo é inócuo. Fazendas cacaueiras. Saara. Castelos de deputados. Tudo se extende sem ser grande. Tudo carece de sínteses. Bíblias comentadas, verdades curvas desdobrando-se em metáforas vãs, masturbação eterna > Romances de uma linha, flores de quatro pétalas, direita e esquerda apenas. Tudo transborda. Nada preenche. Noé e sua arca não nos livram desse diluvio de cores. Essa maré cheia de formas. Tsunami. Chico. Sotaque francês. Camões. Almodóvar. Frida Khalo. Kamasutra. O que foi feito do simples? Zé da Luz. Indoeuropeu. Haikai. Cinema mudo, P&B. Gozar.
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3 comentários:
tão simples quant bonito *-*
O simples é sempre tão mais bonito...
Sinto falta disso!
Simples????
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