sexta-feira, 25 de junho de 2010

é.

abrir os olhos e encontrar os teus fechados, as tuas mãos entre as minhas como um elo, um eu te amo mudo e os teus olhos abrindo todas as palavras do mundo. tudo ainda é como quando os meus olhos ainda sonhavam, como quando os pés dando os primeiros passos premeditavam a estrada longa. a luz azul sobre o teu ombro, os teus traços, teu desenho em aquarela e o giz-de-cera costurando teu nome no meu pulso, minha sombra nos teus dedos, nossas estradas num rumo só. ou não. ainda há algo das palavras descabidas, do vermelho do vestido do azar. ou não. porque hoje eu abri os olhos e encontrei os teus abertos, tua mão entre as minhas como um elo que não se rompe, um eu te amo que eu te ouvi dizer e os teus olhos me abrindo todos os sonhos. eu mal comecei a amar você.

e aí você surgiu na minha frente e eu vi o espaço e o tempo em suspensão, senti no ar a força diferente de um momento eterno desde então. e aqui dentro de mim você demora, já tornou-se parte mesmo do meu ser. e agora - em qualquer parte, a qualquer hora - quando fecho os olhos, vejo só você. o amor une os amantes em um ímã e num enigma se traduz: extremos se atraem, se aproximam e se completam como sombra e luz. e assim viemos nos assimilando, nos assemelhando a nos absorver. e agora - não tem onde não tem quando- quando fecho os olhos vejo só você {...}





4 comentários:

Raisa Bastos y Rodrigues disse...

Quando Fecho os Olhos, Chico César.

Amanda Silveira disse...

eu acho digna *-*

Jean Leal disse...

Sempre haverá Chico Buarque!
Que bom que gostas dele.É uma verdadeira escola pra mim!
Abraço

http://relatoosdavida.blogspot.com/

Jean Leal disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

Lilith

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25 anos de sol em leão. queria voltar ao tempo em que era cool escrever letra de música no perfil / cozinha, escreve, pratica boxe e é jornalista nas horas vagas / acha que "transtornada" é um nome muito bacana para quem tem TDAH, eu tenho.