domingo, 13 de junho de 2010

{...}

trocentas vezes li essa canção
e me prometi que eu amaria alguém assim
tão forte para poder cantá-la
tão lindo para poder vivê-la
amar alguém, nalgum lugar, como eu amo você



Nalgum lugar que eu nunca estive, alegremente além de qualquer experiência, teus olhos têm o seu silêncio. No teu gesto mais frágil, há coisas que me encerram ou que eu não ouso tocar porque estão demasiado perto. Teu mais ligeiro olhar facilmente me descerra embora eu tenha me fechado como dedos nalgum lugar. Me abres sempre pétala por pétala como a primavera abre tocando sultimente, misteriosamente a sua primeira rosa. Ou se quiseres me ver fechada, eu e minha vida nos fecharemos belamente, de repente, assim como o coração desta flor imagina a neve cuidadosamente descendo em toda a parte. Nada que eu possa perceber neste universo iguala o poder de tua intensa fragilidade cuja testura compele-me com a cor de seus continentes restituindo a morte e o sempre cada vez que respirar. Não sei dizer o que há em ti que fecha e abre só uma parte de mim compreende que a voz dos teus olhos é mais profunda que todas as rosas. Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas.



como nós nos amamos.

~

Um comentário:

Raisa Bastos y Rodrigues disse...

Nalgum Lugar, Zeca Baleiro.


... brindezinho de dias dos namorados :)
e de trinta dias de paz.

Lilith

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25 anos de sol em leão. queria voltar ao tempo em que era cool escrever letra de música no perfil / cozinha, escreve, pratica boxe e é jornalista nas horas vagas / acha que "transtornada" é um nome muito bacana para quem tem TDAH, eu tenho.