' Quando se for esse fim de som, doida canção que não fui eu que fiz [...] eu prometo estancar o mundo e seguir o tempo, a canção, a valsa triste, a onda do mar, o meu coração. Reservo para o amanhã a escolha das promessas, a seleção das mal traçadas linhas que eu supus indefectíveis, amanhã meu único compromisso será o de arrumar meus armários e decidir, tardiamente, o que levo este ano e não mais permito que me abandone. É tanto a recaptular que este epílogo mais se aproxima das páginas explicativas, o fim de um livro que não acaba, o dezembro de um ano dourado. Se ao meu lado ele já não nada, eu só posso riscar no meu braço o mar infinito em que me encontro e criar outra recordação do lugar em que acordei pra ver o céu pela primeira vez.