Se eu soldasse o fundo de meus pés nesse azulejo, talvez, eles não corressem mundo como me pede o instinto. Então eu lançaria meus desejos à alcova e os vigiaria sem trégua. Um dia, fugindo dos sonhos, meu corpo se entregaria ao sono e a minha alma - abdicando ao conforto das algemas - estaria duramente livre, concedendo aos meus desejos reféns o direito de ir, de vir, de não voltar. E, ainda que eu pregue minha língua rente ao céu da boca e costure meus dedos uns aos outros, as palavras continuariam a escapulir pelos meus olhos abertos. Não me cabe aterrar o oceano, dar limites ao infinito ou optar pelo mais sensato, seguro, pelo digno. Me solto ao sabor do teu sopro, escalo e revolvo teu vulcões, escorrego de alto a baixo, estou íntima de tuas células e aura. Hoje eu vim só pra te contar das flores lindas que eu vi brotar justo onde você andou plantando placas. É, paixão, alguém bloqueou o verbo PARAR.
POSSO BRINCAR DE ETERNIDADE AGORA,
SEM CULPA NENHUMA.
Benditas coisas que não sei, os lugares onde não fui,
os gostos que não provei, meus verdes ainda não maduros,
os espaços que ainda procuro, nos amores que nunca encontrei,
benditas coisas que não sejam bem ditas.
♪♪
POSSO BRINCAR DE ETERNIDADE AGORA,
SEM CULPA NENHUMA.
Benditas coisas que não sei, os lugares onde não fui,
os gostos que não provei, meus verdes ainda não maduros,
os espaços que ainda procuro, nos amores que nunca encontrei,
benditas coisas que não sejam bem ditas.
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2 comentários:
bem legal o blog!!! o texto é bem bacana...parabens!!!
Tenho certeza absoluta que alguém bloqueou tal verbo.rs
Ando sentido muita falta das tuas palavras cheias de vida e sabedoria.
Cansei, quero você de volta!
Te amo muito, irmã!
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