O silêncio dentro daquele homem era magnífico. As palavras mudas, altivas e austeras, eram de uma dignidade cega, cobravam de mim um respeito desses que só se dedica a pais severos. Todo o caminho de pedras redondas entre o portão e a soleira daquele corpo eu fiz à ponta dos pés, num Lago dos Cisnes em câmera lenta, como se eu pretendesse que o som dos meus pés contra o chão fosse tal qual canção de ninar aos ouvidos do soldado que ali repousava exausto de incontáveis batalhas. Pulso cerrado, toquei a porta com leveza tamanha que o som que tal gesto produzia pedia licença até mesmo para pedir a licença que o ato de bater na porta significa por convenção. Porém, o meu olhar alardeava sem dó – naquele tom inoportuno e petulante que as sobrancelhas emolduram – que eu arrombaria a porta, para o caso de ninguém abrir. Que eu faria festas nos jardins, bailes sem máscara, que eu cortejaria cada flor, cada espinho, cada pássaro num conluio comigo, para que o nosso desejo de cantar fizesse interferência no teu sono antes mesmo do nosso canto eclodir. Mas, à tua beira, tudo clamava para que eu aprisionasse minha melodia em gaiolas – ao menos enquanto doesse, enquanto sangrasse, enquanto você lambesse as feridas com essa tua língua gilete.
there was a boy
very estrange, enchanted boy
(...)
and then onde day,
one magic day, he passed my way
while we spoke of many things
folls and kings
this I said to him:
the greatest thing you'll ever learn
is just to love and be loved in return
ele não entendeu.
very estrange, enchanted boy
(...)
and then onde day,
one magic day, he passed my way
while we spoke of many things
folls and kings
this I said to him:
the greatest thing you'll ever learn
is just to love and be loved in return
ele não entendeu.
3 comentários:
eu sou tua fã. fato!
e é tão recíproco
Moça! Vc escreve mto bem! Essas coisas ngm me conta neh. Tive q descobrir sozinha. hahahha. Tow te seguindo. =*
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