Durmimos e vivemos ao sol como ciganos,
Fumando cigarros vaporosos;
Nas noites de verãos, namoramos estrelas.
Andamos rotor, sem bolsos nem dinheiro;
Mas temos na viola uma riqueza:
Cantamos à lua, de noite, serenatas,
E quem vive de amor não tem pobreza.
Temos por palácio as longas ruas;
Passeamos a gosto e durmimos sem temores;
Quando bêbados, somos reis com um poeta,
E o vinho faz sonhar com os amores.
O degrau das igrejas é trono,
A pátria é o vento que respiramos
Nossaa mãe é a lua macilenta.
E a preguiça é a mulher por quem suspiramos.
Escrevemos na parede as nossas rimas,
De painéis a carvão adornamos a rua;
Como as aves do céu e as flores puras
Abrimos o peito ao sol e durmimos à lua.
Somos filhos do calor;
Não cremos no diabo nem nos santos ...
Rezamos à Nossa Senhora e somos vadios!
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Lord Byron há de perdoar as adaptações,
aff... quem mandou escrever falando de nós?
Nós, na foto, é - singular - em sentido horário :
Dan, Ian, Tulo, a viola, Rai, Rike e Dipas.
Victor atrás da lente - talento, ai ai -, Tháta e Tito no banco [da praça].