Quem dera fosse eu rasa e menor que meus sonhos. Ou fossem pequenos os sonhos e minha altura baixa não procurasse compensar-se em atitude mental dos altos píncaros. Eu queria querer o óbvio e ser boa o bastante, bonita o bastante para merecê-lo e abster-me de qualquer complexidade, qualquer colorido. Eu queria não passar da média e as vezes manter-me a baixo desta, eu queria passar em branco, em brancas nuvens. Ai, se eu fosse leve, vazia, tola e adoravelmente fútil - como as meninas que passam nas ruas em que ele senta. Então eu me entenderia ou não faria questão de fazê-lo.
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